quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estão transformando o Facebook e o Twitter em um reality show de mau gosto


O Tom diz, em seu artigo, que as redes sociais foram criadas para suprir a “demanda por visibilidade destes tempos modernos” em substituição ao e-mail marketing que vem sucumbindo por causa do mau uso, “em especial pelo envio indiscriminado de mensagens não autorizadas”. E o mesmo vem acontecendo com as mídias sociais.
“É como se cada pessoa assumisse o protagonismo de seu reality show particular tornando público a cada instante o que faz, por onde anda e o que pensa. Neste contexto, falta discernimento na hora de postar uma mensagem qualquer e o resultado é que também estes canais estão sendo prostituídos”, afirma o autor do artigo.
E é realmente isso. O Facebook, assim como o Twitter, virou um universo de spans. Um Reality Show pior que o (argh!) BBB. O volume de mensagens descartáveis ou insignificantes cresce absurdamente. Agora vá ver as que são realmente interessantes ou “dignas de leitura”, como diz o Tom.
A verdade é que o volume de besteiras acaba poluindo esse universo e a boa comunicação fica prejudicada. Os brasileiros são muito comunicativos e, por isso, tem o mau costume de perder a noção do limite entre dizer o que querem e o que realmente pode interessar aos seus amigos.
E por causa disso tudo, o marketing, a comunicação das marcas com seu público e o engajamento deste com as marcas, ficam prejudicados, chegando ao ponto de reduzir o impacto de um trabalho bem feito que poderia gerar uma imensa repercussão em virtude do poder e velocidade de disseminação das informações através da internet.
Recentemente vimos um acontecimento que gerou uma grande repercussão e causou um impacto negativo para a comunicação de uma marca. 7 milhões de fãs da Skol no Facebook manifestaram-se negativamente porque a marca patrocinava um evento musical na Bahia em que a banda New Hit marcaria presença. Isso ocorreu porque os nove integrantes da banda foram detidos dias antes acusados de estupro e só deixaram a prisão graças a um habeas corpus. As demonstrações de repúdio se intensificaram nas últimas horas o que fez com que a Skol cancelasse o patrocínio do evento.
Outra ação promovida pela fanpage Os Manezinho Pira mantida e atualizada pelo Leonardo Machado, ilustre colaborador da agênia emarket, pode ser citada como exemplo da boa influência que as redes sociais podem exercer na sociedade.
Há alguns meses, o Leo se indignou que o governo pretendia acabar com o curso pré-vestibular gratuito da Universidade Federal de Santa Catarina, e se aliou à uma fanpage que havia sido criada para promover a luta para a manutenção do curso. A fanpage Salve o Pré-Vestibular Grátis da UFSC vinha tentando alertar sobre isso sem muito sucesso quando o Leonardo comprou a briga e botou a boca no trombone. Os posts publicados pelos “Manezinho Pira”  geraram mais de 10.000 compartilhamentos em poucos dias. O resultado desse engajamento através do Facebook chamou a atenção da mídia local (TV e jornais) que acabou divulgando o caso e fazendo com que o curso gratuito fosse mantido.
 Esses acontecimentos mostraram o poder que as redes sociais têm se bem utilizadas. Claro que não precisamos pensar em usar as mídias sociais com o exclusivo objetivo de fazer protestos ou para tratar apenas de “assuntos sérios” afinal o ambiente é destinado ao lazer. Encontrar amigos, trocar ideias sobre filmes, indicar músicas, eventos ou opinar sobre determinado acontecimento comum também pode ser interessante aos olhos dos seus amigos.
Como diz o Tom Coelho no mesmo artigo citado anteriormente: “O nome do jogo, no que tange à comunicação atual, é RELEVÂNCIA. Assim, procure abordar temas que possam impactar positivamente as pessoas de seu círculo de relacionamentos que desfrutem de interesses comuns. Tenha em mente que menos é mais.”
Meus ouvidos agradecem!

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